Supertufão Ragasa provoca ao menos 14 mortes em Taiwan e inundações em Hong Kong e Macau
- Saimon Ferreira

- 24 de set.
- 2 min de leitura
Nas Filipinas, foram registradas mais duas mortes. Há ainda 152 pessoas desaparecidas

Pelo menos 14 pessoas morreram e 18 ficaram feridas em Taiwan após a passagem do supertufão Ragasa, segundo as autoridades regionais. Os bombeiros registraram pelo menos 152 pessoas desaparecidas, enquanto o primeiro-ministro taiwanês, Cho Jung-tai, anunciou o compromisso de ajudar os afetados durante uma visita à região.
Nesta quarta-feira (24), ventos fortes, chuvas torrenciais e mar agitado foram registrados em Hong Kong, causando a queda de dezenas de árvores e inundações em vários bairros, segundo imagens divulgadas na internet.
Por volta do meio-dia (1h em Brasília), o Ragasa se afastava gradualmente da cidade semiautônoma chinesa, que, no entanto, deve continuar enfrentando ventos com força de furacão, segundo o serviço meteorológico local. Foi emitido durante a noite alerta máximo para tufão.
O fenômeno provocou uma "grande ressaca ciclônica" na costa de Hong Kong, com o aumento no nível do mar em algumas áreas de mais de três metros acima do nível de referência, acrescentou o serviço meteorológico.
A região chinesa de Macau, conhecida por seus cassinos, também sofreu inundações generalizadas e suspendeu o fornecimento de energia elétrica em algumas áreas, segundo a empresa de serviços públicos CEM. O supertufão também provocou as mortes de pelo menos duas pessoas no norte das Filipinas.
O ministério de gestão de emergências da China anunciou que o tufão deve tocar o solo ao longo da costa da província de Guangdong nas próximas horas. As autoridades ordenaram o fechamento de estabelecimentos comerciais e das escolas em pelo menos 10 cidades no sul do país, medida que afetou dezenas de milhões de pessoas.
Inundações
Vários distritos de Hong Kong sofreram inundações. No hotel Fullerton Ocean Park, ao lado de um parque temático, um vídeo mostra o momento em que um homem perde o equilíbrio com o avanço da água pela entrada do estabelecimento.
As águas também inundaram a localidade costeira de Heng Fa Chuen, segundo outro vídeo. Os ventos arrancaram a parte superior de uma passarela para pedestres, enquanto muitos dos famosos arranha-céus do centro financeiro balançavam com o vento.
Um bombeiro, que se identificou apenas com o sobrenome Tse, disse à AFP que estava "um pouco preocupado" com a segurança dos tradicionais andaimes de bambu usados nas construções na cidade, depois de um turno de 11 horas "sem descanso".
As autoridades informaram que mais de 760 pessoas buscaram refúgio em 50 abrigos temporários. A empresa que administra o aeroporto de Hong Kong afirmou que apenas "um número limitado de voos de carga" estava programado para esta quarta-feira.
Segundo a polícia, uma criança de cinco anos e sua mãe caíram ao mar na tarde de terça-feira, quando observavam as ondas no distrito de Chai Wan. As duas vítimas estavam hospitalizadas em estado crítico. O pai da criança, 40 anos, que segundo relatos, pulou no mar para salvar a sua família, também foi hospitalizado.
Os cientistas alertam que as tempestades se tornam mais intensas com o aquecimento do planeta devido aos efeitos das mudanças climáticas provocadas pelo ser humano.






























Comentários