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Traficante mais procurado do RS é preso na Bolívia

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 11 de set.
  • 2 min de leitura

Juliano Biron foi detido com nome falso em Santa Cruz de la Sierra

Foto: FELCN
Foto: FELCN

O traficante mais procurado do Rio Grande do Sul foi preso na Bolívia. Apontado pela Polícia Civil como liderança de uma facção com base no Vale do Sinos, Juliano Biron, 42 anos, estava foragido desde outubro do ano passado e tinha quatro mandados de prisão preventiva em aberto. Ele foi preso na quarta-feira, mas a informação foi confirmada na manhã desta quinta.


Biron foi detido por agentes da Fuerza Especial de Lucha Contra el Narcotráfico (FELCN), braço da polícia boliviana que visa desmantelar redes criminosas envolvidas na produção, transporte e comercialização de narcóticos. Outro traficante gaúcho, de primeiro nome Yuri, morador de Cachoeirinha, também foi preso na ocasião.


A ação ocorreu em Santa Cruz de la Sierra, onde Biron se apresentava com nome falso. Ali, se chamava João Paulo Zucco e dizia ser natural de São José, em Santa Catarina. Ele soma 33 anos de condenação em regime fechado.


Biron era o principal alvo do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Antes dele, o fugitivo gaúcho mais procurado era Fabio Rosa Carvalho, o “Fábio Noia”, que foi preso no início de agosto, na Argentina.


Mais de 200 policiais civis cumprem, na manhã desta quarta-feira, 17 ordens de prisão preventiva e 48 mandados de busca no Rio Grande do Sul, Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Intitulada Operação Beatus, a ofensiva tem como alvo uma facção com base no Vale do Sinos, que movimentou, em seis meses, R$ 500 milhões do tráfico, através da compra de fazendas, imóveis, estabelecimentos comerciais, entre outros. Oito pessoas foram presas até o momento.


Fazendas confiscadas


Em 11 de dezembro do ano passado, Biron foi alvo da Operação Beatus, coordenada por agentes da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Denarc. Segundo a investigação, a quadrilha dele teria movimentado, desde o final de 2022, cerca de R$ 1 bilhão.


Na data, foram confiscadas 17 fazendas em território gaúcho. Em duas dessas propriedades, sendo uma em Garruchos e outra em Santo Antônio das Missões, havia pistas de pouso. A suspeita é que as estruturas serviam para o transporte aéreo de drogas de países vizinhos, principalmente cocaína, vinda da Bolívia. Os terrenos também eram utilizados para a criação de gado, que, segundo o Denarc, seria uma das formas de ocultar o dinheiro do tráfico.


Condenado por morte de fotógrafo


Biron foi condenado, em 2020, a 20 anos e oito meses de prisão pelo homicídio do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, de 22 anos, em Canoas. Ele já estava preso pelo assassinato desde 2016.


Em 2017, foi enviado à Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Dois anos depois, em 2019, retornou ao RS, onde permaneceu recolhido na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.


Em janeiro de 2022, recebeu benefício de prisão domiciliar humanitária, em decisão da juíza Sonali da Cruz Zluhan, que então atuava na Vara de Execuções Criminais. Depois, conseguiu autorização para cumprir pena em Cascavel, no Paraná.


Após passar por cirurgias, também ganhou aval para não utilizar tornozeleira eletrônica. Em outubro daquele ano, Biron foi condenado novamente, por tráfico e lavagem de dinheiro. O paradeiro dele era desconhecido desde então.


Fonte: Correio do Povo

 
 
 

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