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Trump anuncia novas tarifas, incluindo uma taxa de 100% sobre produtos farmacêuticos

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 26 de set.
  • 2 min de leitura

Federação Europeia de Indústrias Farmacêuticas criticou medida e disse que impostos devem perturbar as cadeias de abastecimento

Foto: Saul Loeb / AFP
Foto: Saul Loeb / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reavivou na quinta-feira sua guerra comercial global com o anúncio de novas tarifas de até 100% sobre produtos farmacêuticos, além de taxas sobre caminhões pesados e móveis fabricados no exterior.


A medida anunciada no final da noite de quinta-feira é a política comercial mais severa do republicano desde a imposição de tarifas recíprocas em abril a praticamente todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos no mundo.


A partir de 1º de outubro, "vamos impor uma tarifa de 100% sobre qualquer produto farmacêutico de marca ou patenteado, a menos que uma empresa ESTEJA CONSTRUINDO sua fábrica de produtos farmacêuticos nos Estados Unidos", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.


Michael Wan, economista do banco japonês MUFG em Singapura, considera que, embora a definição de Trump "seja ambígua, partimos do princípio de que não incluirá os remédios genéricos enviados por países como a Índia".


A Federação Europeia de Indústrias Farmacêuticas (Efpia) afirmou que a implementação de novas tarifas americanas sobre medicamentos "criaria a pior das situações". Também recordou que os impostos "aumentam os custos, perturbam as cadeias de abastecimento e impedem que os pacientes obtenham tratamentos vitais".


Posteriormente, Olof Gill, porta-voz da Comissão Europeia, afirmou que o acordo comercial alcançado recentemente entre a UE e Estados Unidos protege os medicamentos europeus de qualquer nova tarifa adicional.


O acordo estabelece que a maioria das exportações europeias, incluindo os medicamentos, não pode ser tributada em mais de 15%.


A Austrália, que exportou produtos farmacêuticos por um valor estimado de 1,35 bilhão de dólares (7,2 bilhões de reais) para os Estados Unidos em 2024, considerou que a decisão não é benéfica para os consumidores americanos.


"Compramos muito mais produtos farmacêuticos dos Estados Unidos do que eles compram de nós (...) Não é benéfico para os consumidores americanos impor um preço mais elevado às exportações australianas para os Estados Unidos", afirmou o ministro australiano da Saúde, Mark Butler.


Em outra publicação, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre "todos os 'caminhões pesados' fabricados em outras partes do mundo" para apoiar os fabricantes americanos como "Peterbilt, Kenworth, Freightliner, Mack Trucks e outros".

Entre as empresas estrangeiras que competem com estas montadoras no mercado americano estão a sueca Volvo e a alemã Daimler. As ações dos dois grupos registraram queda após o fechamento das Bolsas europeias na quinta-feira à noite.


O presidente americano disse que as tarifas sobre estes veículos são justificadas "por muitas razões, mas acima de tudo, por motivos de segurança nacional".

No início do ano, o governo Trump abriu uma investigação da Seção 232 sobre as importações de caminhões para "determinar os efeitos sobre a segurança nacional", o que preparou o caminho para o anúncio de quinta-feira.


Fonte: Correio do Povo




 
 
 

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