Biólogo santiaguense, egresso da URI Santiago, participa de pesquisa na Antártica
- GNI Notícias Integradas
- 8 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Fernando Bertazzo, 25 anos, esteve 28 dias acampado na Ilha Livingston, Arquipélago das Shetland do Sul, com mais sete pesquisadores

O Biólogo santiaguense Fernando Bertazzo, 25 anos, que é egresso da URI Campus Santiago, esteve na Antártica juntamente com outros sete pesquisadores, estudando a distribuição e diversidade de Fungos e Plantas no Continente Antártico, além de avaliar como as mudanças climáticas estão afetando a ocorrência desses organismos.
Além disso, as pesquisas também pretendem avaliar a aplicação biotecnológica de fungos oriundos da Antártica, cultivados em laboratório pelos pesquisadores.

Em contato com a nossa reportagem Fernando explicou que todos ficaram acampados na Península de Byers, Ilha Livingston, Arquipélago das Shetland do Sul. Segundo ele, o acampamento durou 28 dias, porém, entre o translado de ida e volta foram quase 2 meses.
"Eu saí do Brasil dia 27 de Dezembro, com direção a Punta Arenas no Chile, onde ficam os navios da Marinha Brasileira que fazem o translado dos pesquisadores até a Antártica. Nosso acampamento foi lançado na Ilha dia 12 de Janeiro e recolhido dia 8 de Fevereiro. Mas chegamos no Brasil de volta apenas no dia 24 de Fevereiro, pois após recolhimento do nosso acampamento o Navio também tinha outras funções no Mar." disse Fernando.

A expedição à Antártica ocorreu sob orientação do Profº Dr Jair Putzke em parceria com o projeto PERMACLIMA, coordenado pelo Profº Drº Carlos Schaefer, da Universidade Federal de Viçosa.
Perguntado sobre a experiência vivida no continente mais frio do planeta, Fernando respondeu:
"Poder participar do Programa Antártico Brasileiro na condição de pesquisador é indescritível. Toda essa experiência foi extremamente enriquecedora tanto do ponto de vista pessoal, quanto profissional. Ciência não é gasto, é investimento. Investir em educação e ciência é apostar no progresso do Brasil e dos brasileiros."completou.
PESQUISAS BRASILEIRAS NA ANTÁRTICA
O Brasil realiza pesquisas no continente mais austral do nosso planeta, desde 1984. A estação científica brasileira instalada na região (Estação Comandante Ferraz) soma pesquisas em áreas como oceanografia, biologia, física, metereologia e paleontologia. Nos últimos sete anos, 250 cientistas brasileiros trabalharam em 25 projetos na Antártica.
Conhecer melhor esse continente é fundamental para estudar as mudanças climáticas e aprimorar os serviços meteorológicos, uma vez que a região controla as circulações oceânicas e atmosféricas de todo o mundo.
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