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“Minha mãe foi sugada pelo tornado e ficou girando no ar”, relata filha de mulher de Lajeado, gravemente ferida na tragédia no Paraná

  • Foto do escritor: Saimon Ferreira
    Saimon Ferreira
  • 10 de nov.
  • 3 min de leitura

A família perdeu tudo. Além da casa e todos os pertences em seu interior, também foram levados todos os animais da propriedade

Adair, Matheus e Marlene (Foto: Arquivo pessoal)
Adair, Matheus e Marlene (Foto: Arquivo pessoal)

O tornado que atingiu cidades de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná, na sexta-feira (7) deixou ao menos 1.000 pessoas desalojadas e cerca de 28 desabrigadas, segundo informações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.


Além disso, seis pessoas morreram (três homens de 49, 53, 57 e 83 anos e duas mulheres, de 47 e 14 anos) em Rio Bonito do Iguaçu. O desastre deixou, pelo menos, 750 feridos no Estado. Entre eles, está Marlene Nunes da Silva (51), ex-moradora do Bairro Jardim do Cedro em Lajeado.


Marlene saiu de Lajeado em 2022 para viver em Guarapuava, com seu companheiro Adair Hoffmann (56) e seu enteado, Matheus Hoffmann (8). A família, que trabalha no setor primário, foi surpreendida no início da noite de sexta-feira (7) com a passagem do tonado e viveu momentos de pânico, conforme conta a filha de Marlene, Tatiana da Silva Graciano (35), que ainda reside no Bairro Jardim do Cedro, em Lajeado.

Tatiana da Silva Graciano, filha de Marlene (Foto: Luís Fernando Wagner)
Tatiana da Silva Graciano, filha de Marlene (Foto: Luís Fernando Wagner)

“Eles estavam dentro de casa, pois tinham recém chegado do trabalho. Então começou a chuva e um vento, e eles já ficaram preocupados. Quando o vendaval se intensificou, o meu padrasto achou melhor eles saírem, tentar se abrigar em outro lugar, mas não deu tempo. O vento já havia destruiu a casa, e levado as quatro pardes e o telhado”, relata Tatiana.

De acordo com o relato da vítima, Tatiana conta que a mãe e o padrasto foram sugados pelo vento a ficaram rodopiando no ar por alguns instantes, até serem arremessados a mais de dez metros de distância.


“Meu padrasto levou uma tabuada no rosto, e caiu. A minha mãe caiu junto, e quando foi tentar levantar, o vento sugou ela para cima, e a arremessou ela para cima, daí ela ficou girando no ar por alguns segundos, sendo atingida por tábuas, pregos e por partes do telhado de zinco de um galpão. Ela e meu padrasto ficaram cortados e machucados. O enteado de minha mãe só não foi sugado pelo tornado porque um freezer caiu em cima das pernas dele e ele ficou preso. Minha mãe teve fratura nas costelas e nos ossos da face. Meu padrasto quebrou o braço”, afirma Tatiana.

"Acredito que minha mãe tenha sido arremessada a 12 metros de distância, levando em conta a posição de um galinheiro que havia no terreno”, relata. 


A família perdeu tudo. Além da casa e todos os pertences em seu interior, também foram levados todos os animais da propriedade (um número não informado de galinhas e porcos), incluindo dois cães de estimação e toda a plantação.


O casal Marlene e Adair recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira (10) e estão abrigados na casa de familiares no Paraná. A tarefa agora será reconstruir a vida, após ter tudo levado pelo tornado.


“Por isso lançamos uma campanha para arrecadar recursos, pois não temos como levar as coisas para o Paraná. Gostaríamos de contar com a solidariedade das pessoas. Quem puder doar qualquer valor pode fazer o depósito via Pix, pela chave 73710199034, que é o CPF da minha mãe, Marlene Nunes da Silva”, apela Tatiana.


O governo do Paraná classificou o tornado que atingiu a região como um fenômeno meteorológico de nível F3, o terceiro numa escala que mede de zero a cinco a intensidade desse tipo de evento climático. O governador do estado, Ratinho Júnior (PSD), decretou estado de calamidade pública.


Fonte:

 
 
 

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